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Histórico do nosso Patrono

Nasceu em Petrópolis a 9 de maio de 1845 e ingressou muito jovem na Escola Naval, onde tornou-se chefe de sua turma. Após a formatura e uma viagem à Europa, seguiu para o Rio da Prata e de lá para a Guerra do Paraguai. A 11 de junho de 1865, com 20 anos, tomou parte da Batalha do Riachuelo, como oficial de artilharia da Corveta “Ypiranga” e mais parte participou de outras ações. Assumiu o comando do Encouraçado “Mariz e Barros”, com 22 anos, durante o bombardeio e passagem de Angostura, sendo ferido pelos mesmos estilhaços da granada que vitimou seu comandante.
Foi instrutor de Guardas-Marinhas na Fragata “Nicteroy”, sob o comando do Barão de Jaceguay, Imediato e Comandante de navios por diversas vezes, comandante do Batalhão Naval, executor de trabalhos hidrográficos em regiões inóspitas, como na fronteira com o Peru.

Aos 46 anos era Contra-Almirante e aos 49, Ministro do Supremo Tribunal Militar. Foi 2 vezes chefe do Estado Maior da Armada, Diretor Geral do Arsenal de Marinha, Diretor de Navegação e Hidrografia e Membro do Conselho Naval.

Em 1900, apesar da insistência dos Barões de Jaceguay e do Rio Branco, recusou o cargo de Ministro da Marinha, que lhe foi oferecido pelo Presidente eleito Campos Salles.

Foi encarregado do levantamento do Território das Missões na célebre questão das Missões com a Argentina.
Até o fim de sua vida foi o Técnico do Ministério de Exterior (Itamarati) para as questões de limite, participando também na questão do Acre, junto ao Conselheiro Rui Barbosa.

Membro Grande Benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Membro da Academia de Ciências do Vaticano (escolhido pelo Papa Leão XIII), escritor, excelente desenhista, cartógrafo, geógrafo e geodesista, foi Diretor da Repartição da Carta Marítima durante 6 anos, onde deixou em 1879 o único Tratado de Geodésia até hoje publicado no Brasil. Também foi autor de primoroso livro sobre botânica, ilustrado por ele, de um Código de Sinais e Evoluções Táticas para a Esquadra por muitos anos adotado por nossa Marinha, cartas geográficas e inúmeros outras publicações.

Possuía numerosas condecorações ganhas na Guerra do Paraguai e outras nacionais, inclusive as Ordens de Rosa, de Aviz e do Cruzeiro, além de várias estrangeiras.

Foi feito Barão do Chapecó nos últimos dias do Império, porém o decreto conferindo-lhe o título não chegou a ser publicado por ter sido a República proclamada alguns dias após.

Foi fundador da Associação Beneficente Nossa Senhora dos Navegantes, cujo propósito era o de auxiliar as famílias de militares navais falecidos.
Muito culto, muito viajado, de espírito lúcido e esclarecido era, por isso mesmo, muito tolerante.

Foi solicitado para aceitar a comissão de Chefe da Delegação, como Delegado, pelo Barão do Rio Branco, porém recusou e informou ao Barão que daria seus motivos por carta. O Barão não esperou e foi pessoalmente a Paris, onde o Almirante Guilhobel residia na época, saber o motivo da recusa.

Recebeu como resposta que estava inteiramente à disposição do Barão, com a única restrição de não receber remuneração de espécie alguma pelos seus serviços. E assim o fez, como assessor gratuito da missão, recebendo apenas seu soldo.
Faleceu no Rio de Janeiro em 21 de setembro de 1925, época em que ocupava o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Militar.
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